Um muro nos distancia. Imponente, impassivel. Muro de berlim. Numa berlinda de impotentes gestos, tento, em vao, te escutar pondo meu ouvido e meu coracao no concreto. E se derrubarem? e se a gente se encontrar? e se nada mais restar desta guerra que nunca se esvai? e se eu for metralhado antes? e se um principe soldado te resgatar? eu volto a sorrir como quem escuta uma piada e esquece do mal la fora... Como quem caiu num lugar inusitado e gargalha de si mesmo. Eu volto a sorrir depois que a chuva para e o sol se abre numa linda manha... Quando acho o dinheiro escondido, o prenuncio de amor a vista, quando me vejo incrivelmente enojado de uma lagrima insistente e dou um tapa na serpente, no medo de viver... Volto a sorrir depois de desligar voce de mim?