Por que jogar futebol, basquete, volei ou outros esportes coletivos e considerado por muitos tao prazeroso? que experiencia e essa, tao arrebatadora, profunda, capaz de envolver o outro, o corpo, a mente, objetos, no espaco ao redor, no tempo do agora, de forma integra, densa, total, plena? essas foram as questoes que eu, como sociologo apaixonado pelos esportes coletivos e ex-jogador amador, me coloquei nesse trabalho. Eram questoes que me inquietavam ha anos, enquanto ainda jogava. Elas suscitaram outras ao sociologo: quais sao os tracos praticos constituintes dos jogos coletivos e como eles possibilitam uma experiencia intersubjetiva tao desafiadora e envolvente? que organizacao pratica e essa que e posta em acao enquanto jogamos? quais os efeitos gerados pela logica dessa pratica na relacao em curso entre nos jogadores? como propicia uma experiencia singular, vivida como realizacao de si e do outro, submergindo-nos no mundo pratico e agonistico do jogo?